sábado, 6 de dezembro de 2008

Resultados Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM

Como já foi dito em outro momento, entre 14 e 19 de outubro a equipe formada pelos colaboradores: Elenira, Kétsia, Marta, Renata, Rita e Tamires realizaram a pesquisa de perfil de público no MAM- Ba. O resultado que obtemos, vocês podem acompanhar abaixo.

O público do MAM é formado majoritariamente por jovens; sendo que, 48% dos entrevistados possuem entre 19 a 28 anos e os adultos são em 35% com de 29 a 40 anos. No que se refere a profissão, a maior parte dos freqüentadores é de estudantes com o total de 45%; profissionais de artes (produtores, designers, coreógrafos, artistas plásticos, cineastas)-(15%) profissionais da educação (11%), da área da saúde (7%), e de profissionais de Comunicação(6%). Uma parcela de público que é inexistente ao MAM, é formada pelas pessoas com idade superior a 60 anos.
Ficou evidente também que o percentual de mulheres que visitam o Mam é superior ao percentual masculino. Se dos 117 questionários aplicados, 65 foram respondidos pelo sexo feminino, 52 dos questionários correspondem ao público masculino. Assim, 44% são masculinos e 56% femininos, como ficou constata.
A análise do perfil de público do MAM, também evidenciou que o estado civil dos entrevistados, mostrou que a maior parte dos questionários é de solteiros com 47% , seguidos de namorando com 27% e posteriormente, casados com 26%.
Em Salvador, cidade com mais de 70% da população de negros/afro-descendentes segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, como maior índice de visitantes do Museu de Arte Moderna da Bahia foram às pessoas declaradas brancas e pardas com 31% do percentual para cada uma das respostas. Os negros apareceram em 25%, seguidos dos questionários identificados pela “cor” multiétnico. Poucos questionários declararam não saber a sua cor, um total 5% . Correspondendo as expectativas geográficas e históricas, apenas 3% dos questionários foram respondidos por indígenas.
Correspondendo as expectativas, quando investigado o percentual dos níveis de escolaridade do público do MAM, observou-se que superior completo corresponde ao grau de escolaridade que mais frequenta, são 25%. O que não quer dizer que a escolaridade sozinha não interfere na formação do público de um museu, pois os questionários respondidos por pessoas que possuem a pós-graduação em andamento ou completa correspondem a 3% e 13%, respectivamente. Bem como, ensino fundamental em andamento e pós-graduação em andamento apresentam a mesma porcentagem em questionários, 3% (Anexo 5). Interessante que o superior seja completo, incompleto ou em andamento, juntos possuem o maior percentual dos questionários aplicados durante a pesquisa.
As pessoas que freqüentam o MAM, em sua maioria, 69% freqüentam outros museus. Por ser formado também por pessoa de outros estados e também de outros países, o MAM possui um público que visita museus de outros estados e internacionais como o Louvre e os diversos Museus de Artes Modernas que existem no Brasil. No entanto, os museus que possuem o público em comum com o MAM e que apareceram nos questionários em maior quantidade foram o Carlos Costa Pinto e o Palacete das Artes. Que dividem, respectivamente, 14,5% e 9,3% do seu público.
O público que frequenta o museu em questão possui assiduidade nas visitas que realiza ao MAM, bem como visita outros museus. No entanto, as visitas ao museu pesquisado, na maioria são de 1 a 3 vezes (36%), seguido dos “possíveis” novos freqüentadores, os que visitaram pela primeira vez que somam 33%dos entrevistados.
Das atividades culturais que o público do MAM pratica, a mais respondida foi pintar com 26%, sendo que 29% praticavam atividades não expostas no questionário de pesquisa como interpretações teatrais, recitar poemas, leitura, modelagem de móveis.
O público que frequenta o MAM também é fiel às telas, já que quando questionado sobre os lugares que vai com mais frequência respondeu em grande maioria cinema, com 46% da preferência. O que contrasta com a opção museus que teve a menor opção com 11% do total.
Para este público não há incentivadores para se praticar atividades culturais; em contrapartida, a TV que é o meio de comunicação de massa com maior alcance para as diferentes classes obteve a menor expressividade com apenas 0,8% das respostas.
A exposição e o acervo são os maiores incentivadores para o público do museu. São 74% dos questionários respondidos que possuem essa atenção voltada para o acervo / exposição.
Embora a maioria dos questionários respondidos, indique que o melhor dia para se ir ao museu seja no domingo, a pesquisa contou com maiores questionários preenchidos na quinta-feira, com 30 questionários. O que se pode levar a considerar que a falta de tempo, em virtude do trabalho e dos estudos levam ao público manterem certa distância dos museus nos dias de semana, preferindo o final de semana.
O horário de funcionamento que a maioria prefere corresponde ao horário de funcionamento da maioria dos museus. Assim, não se pode aferir que a demanda de público no MAM é pouca devido ao seu horário de funcionamento, bem como o preço do ingresso, visto que o museu é aberto a visitação pública..
Não se pode dizer que o público do Mam não é fiel devido às exposições, visto que a maioria prefere pinturas e fotografias. No entanto, o artista e o tema interferem diretamente na hora da escolha para fazer uma escolha em visitar determinada exposição. Visto que foram os mais respondidos pelos questionados.
O MAM é considerado pelo seu público um museu com boa programação e estrutura, bem como sua localização também. No entanto, a maioria das pessoas que freqüentam o espaço vão de carro, pois não há ponto de ônibus próximo ao museu.
A programação do museu de Arte Moderna da Bahia é mais veiculada pelo boca-a-boca, segundo entrevistados, seguida pelo site do Museu que sofre poucas atualizações.
Uma das deficiências do MAM é a manutenção do seu público sem que estes cheguem ao museu sem interesses que não sejam as exposições e acervos, visto que 60% dos entrevistados vão ao museu para fazer uso de outras atividades como: cinema, oficinas, mini-cursos, palestras, café, loja e a maioria (26%) que aderiu a “febre” do JAZZ.
No entanto, quando se questionou qual a função do museu, a preservação da memória prevaleceu sobre as outras alternativas com 55,5% dos questionários, embora as demais opções não tenha tido tantas disparidades umas em relação as outras.
O MAM agradou a 89% dos entrevistados, 9% não soube responder e apenas um questionário foi o índice de reprovação.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Resultados Museu Carlos Costa Pinto

Os resultados da pesquisa referente ao museu Carlos Costa Pinto, realizada de outubro a dezembro de 2008, pelos alunos da disciplina Análise de Públicos e Mercados Culturais, está finalmente à disposição no link abaixo.

http://rapidshare.com/files/170677115/Artigo.pdf.html

O Museu se configurou para nós um lugar admirável. Nele podemos concluir que encontramos um público fiel, predominantemente de pessoas acima dos seus 40 anos, sobretudo senhoras. Acreditamos que o investimento na diversificação do público será chave para uma melhora no mesmo.

Agradecemos pela visita e desejamos boa leitura.

Resultado da Pesquisa - Palacete das Artes

Como resultado final da nossa pesquisa sobre o Palacete das Artes tivemos que elaborar um artigo, disponível abaixo para download.

Link para download do artigo
Link para os gráficos brutos (anexo)

Introdução do Artigo

"A “Oficina de Análise de Públicos e Mercados”, disciplina do quarto semestre do Curso de Produção em Comunicação e Cultura da Faculdade de Comunicação – UFBA, tem como objetivo o estudo de públicos e mercados culturais através de procedimentos de pesquisas e de sondagens de mercados. Há, inicialmente, a escolha do espaço que se pretende analisar e o estudo de textos que dão o embasamento teórico A partir daí, são elaborados questionários de pesquisa de público, para que sejam realizadas pesquisas em campo. Tais pesquisas geram dados a serem analisados e apresentados num artigo final.

A turma do semestre 2008.2 desse curso se comprometeu a analisar o público dos museus. Para que essa análise pudesse ser feita, foram utilizados em sala textos mais amplos, que abordaram políticas públicas, o papel da cultura e públicos de outros espaços culturais. Destes, valem ressaltar os que mais contribuíram nessa pesquisa.

O texto “Políticas Culturais: entre o possível e o impossível”, de Albino Rubim, foi utilizado porque faz uma análise sócio-cultural sobre o papel das políticas culturais para que elas se transformem agentes de ordem para as estruturas culturais, levando em consideração as suas abrangências e os impactos que elas, se bem estabelecidas, podem levar a sociedade. Com base no artigo "Dimensões da Cultura e Políticas Públicas", de Isaura Botelho, discutimos a necessidade de se ter clareza na elaboração de uma política pública, pois a cultura institucional é uma e a do cotidiano é outra. Isaura coloca a falta de interesse governamental como responsável pela não-inserção das políticas culturais no cotidiano. Ela afirma que o governo faz da política de incentivos fiscais a única solução para o problema. Isaura aborda ainda as desigualdades no acesso a cultura tradicional e a democratização da cultura em geral.

O texto “Os equipamentos culturais na cidade de São Paulo: um desafio para a gestão pública”, também de Isaura Botelho, apresenta estudos dos equipamentos culturais da cidade de São Paulo mostrando como estes se distribuem e quais seus públicos. Apresenta também proposições que justifiquem a ausência de parte da sociedade. Isaura Botelho acredita que os equipamentos culturais não acompanham o crescimento da cidade, pois praticamente todos eles encontram-se na região central, deixando as regiões periféricas sem opções para lazer e cultura. Essa concentração faz com que o público da periferia não tenha acesso a esses espaços. O grande desafio para a gestão pública não é somente democratizar esses espaços culturais, mas conhecer e aceitar a diversidade de padrões de cultura. Trata-se realmente de buscar contemplar os diversos públicos que existem.

Posteriormente, analisamos as políticas públicas especificamente no caso dos museus, utilizando basicamente a Política Nacional de Museus. A análise será apresentada mais adiante.

Depois trabalhamos o texto “Públicos da Cultura e as Artes do Espetáculo”, de Gisele Nussbaumer. Ex-professora da disciplina “Oficina de Análise de Públicos e Mercados”, Gisele apresenta no seu texto os resultados das pesquisas de público de teatros em Salvador. Com base na discussão e nos dados apresentados no texto que elaboramos a melhor forma de estruturar nossa análise.

O "Público Não Existe, Cria-se." Novos Media, Novos Públicos?, J. M. Paquete de Oliveira fala da busca por públicos e diz que se há procura, deve haver demanda. É ressaltada a importância do marketing, as influências dos medias e a crítica cultural. Para o autor, os públicos são criados graças aos estudos e pesquisas feitas para saber que tipo de público deve ser "criado", o que não impede que os públicos se criem também. Esse texto fundamentou algumas das proposições do grupo para a solução dos problemas encontrados nos museus.

Depois da leitura desses textos mais amplos, partimos para o estudo do universo que nos interessava: os museus. Em “Representações sobre os Museus de Salvador”: Archimedes Ribas Amazonas apresenta um estudo junto ao público universitário dividido em três partes: Na primeira, ele relata a origem e a trajetória dos museus. A sua viagem histórica vai desde a Grécia, passando pela Revolução Francesa, marco em que a instituição museu adquire o sentido atual e chega a atualidade. A segunda parte do artigo mostra os museus frente aos novos desafios que são: as novas formas de expressões artísticas e as novas tecnologias. Já na terceira parte, trata de como o financiamento e a sustentabilidade dos museus são um problema antigo e que permanece atual, pois os museus são, em sua maioria, vinculados a órgão públicos ou instituições privadas. "

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aplicação dos questionários. 18.10.08 (museu geológico)

Início das aplicações: 13:20h
Término das aplicações: 16:00h

Quem compareceu : Mariza.

Nº de questionários: 05.

Observações: apareceu uma excursão de um curso técnico com pessoas de Catú e Pojuca que pouco sabiam falar sobre os equipamentos de Salvador. Foram aplicados 4 questionários com o grupo. Fora a excursão, o fluxo de visitantes da capital foi baixo.
O motivo da saída uma hora mais cedo de fechar o museu foi o término de questionários.

Aplicação dos questionários. 16.10.08 (Museu Geológico)

Início das aplicações: 13:20h
Término das aplicações: 17:30h

Quem compareceu : Mariza, Luana, Lisiane e Jéssica.

Nº de questionários: 10.

Observações: o fluxo de visitas foi normal, como nos outros dias da semana. Apareceram alguns turistas no dia, mas que estavam aqui há poucos dias e não falavam português, então a equipe achou conveniente não aplicar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Aplicação de Questionários no Museu Carlos Costa Pinto. 23.10.08

No dia 23 de outubro, uma quinta-feira, foram aplicados 12 formulários por João Gabriel, Pedro Dell’Orto, Rafael Grilo e Aurélio da Cunha, das 14h30 às 19h00.

Devido a sessão de cinema, sempre às quintas, houve um fluxo maior de pessoas no Café, em sua maioria da terceira idade. Algumas delas já haviam respondido o questionário na semana passada, portanto, restaram poucas pessoas para o fazer neste dia.

Aplicação de Questionários no Museu Carlos Costa Pinto. 22.10.08

No dia 22 de outubro, uma quarta-feira, havia poucas pessoas no museu, por conta da falta de atividades extras no mesmo. Os alunos Pedro Dell’Orto, João Gabriel e Natália aplicaram 11 formulários, das 14h30 às 19h00. Praticamente todas as pessoas abordadas o responderam, além de terem sido cordiais, como quase todos os visitantes do museu em questão.